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Entrevista com astrônomo Leandro Guedes

leandro-guedesEntre os milhões de asteroides estimados pela comunidade astronômica entre as órbitas de Marte e Júpiter, um certamente conta com o carinho do astrônomo brasileiro Leandro Guedes. Trata-se do 19875 Guedes. O nome é uma homenagem concedida pela União Astronômica Internacional (UAI) ao profissional, responsável pela organização do 5º Workshop Internacional de Astronomia Cometária, no Rio de Janeiro, em 2009.

Asteroides a parte – e que me perdoem pelo trocadilho, Leandro é um exemplo de carreira com evolução meteórica. Fã de astronomia desde a infância, já cursava ensino superior aos 15 anos. “Nada de genialidade, apenas com circunstâncias”, afirma. Hoje, aos 38, concilia o tempo entre o cargo de astrônomo na Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro e o doutorado em Histórias das Ciências e das Técnicas e Epistemologia.

Guedes desenvolveu parte de sua tese na Universidade de Notre Dame, em Indiana, Estados Unidos. O doutorado termina em 2015, mas, para endossar o enredo de precocidade do parágrafo anterior, pretende terminar tudo em 2014.

Além de comentar sobre seus estudos recentes e a carreira, Leandro responde a questões sobre viagens interestelares, matéria e energia escuras. Os avanços tecnológicos na observação de galáxias distantes e outros temas também estão em pauta.

Boa leitura!

Universo Racionalista: Como surgiu seu interesse pela astronomia?

Leandro Guedes: Já me fiz essa pergunta várias vezes e, sinceramente, não me lembro. Quando era criança adorava o céu, como a maioria das crianças. Imaginava como seria viajar para outros planetas e tinha uma curiosidade muito intensa voltada para astronomia, mas não faço ideia do quê deu origem a isso.

Uma lembrança forte que tenho dessa época foi quando descobri que nem todos os adultos se interessavam por astronomia. Fiquei extremamente surpreso. Não entendia como era possível alguém crescer e viver em um planeta que faz parte de um Universo tão fascinante como se isso fosse algo sem muita importância. Na verdade, até hoje não entendo pessoas assim.

UR: Em 1996 você se graduou Tecnólogo em Processamento de Dados. Essa escolha teve alguma relação com a astronomia?

LG: Sim, teve total relação com astronomia. Na verdade, teve relação com um certo medo da astronomia! Eu e vários colegas passamos pela situação de ver os pais muito preocupados com a escolha da astronomia como carreira. Ter um filho que gosta de astronomia é bastante interessante e nenhum pai deixa de estimular esse gosto. Mas quando o interesse chega ao ponto de se transformar em planos para a carreira profissional, é natural que esses pais se preocupem com o mercado de trabalho que o filho irá enfrentar.

Tinha 15 anos na época em que ingressei na primeira faculdade. A perspectiva de não conseguir emprego como astrônomo me fez escolher outra carreira. Fui para a área de informática, que também me interessava. Depois, mais maduro, sabendo a importância de se trabalhar com algo que o realize verdadeiramente, voltei à faculdade para fazer o curso de astronomia. Ouvi de algumas pessoas coisas engraçadas como “Ah, legal! Agora que você tem uma profissão normal com informática, pode fazer sua astronomia tranquilo”.

Amadureci muito com o curso de tecnologia de Processamento de Dados. Todo o conhecimento dessa graduação eu utilizo até hoje todos os dias. Foi muito mais fácil fazer astronomia depois de ter entrado na informática.

UR: Como você ingressou tão cedo em curso superior?

Leandro Guedes durante a infância: fã de astronomia. E do Popeye.

LG: O que aconteceu é que eu fiz uma mudança de escola ainda na fase de alfabetização e acabei pulando alguns anos naquela época. Essa defasagem me acompanhou até a primeira faculdade e me deu certo conforto para começar uma segunda. Mas não foi nada de genialidade, apenas circunstâncias. (risos) Dei sorte com isso e pude fazer minha segunda faculdade (de astronomia) sem estar acima da idade.

UR: Como é sua rotina de trabalho?

LG: Uma das melhores coisas nos trabalhos científicos é não ter muita rotina. Eu trabalho no Planetário do Rio de Janeiro, onde realizamos essencialmente comunicação científica. Nosso objetivo principal é produzir materiais e atividades que passem conhecimento astronômico paras as pessoas, independente de idade ou escolaridade. Esse processo de tradução da linguagem científica bruta e técnica para algo compreensível por absolutamente todos envolve não só o conhecimento científico, mas também alguma habilidade pedagógica que permita ao astrônomo compreender o mundo do seu interlocutor para escolher a melhor estratégia para passar um conhecimento ou uma ideia.

A maneira como se explica o que entendemos do funcionamento de um buraco negro para uma pessoa com formação em engenharia, por exemplo, é diferente da maneira como explicaríamos para alguém da área de humanas e também é diferente de como explicaríamos para alguém que não teve qualquer educação formal. Então, a nossa rotina é participar dos projetos criados pela administração da instituição e produzir essa interação entre o público e a pesquisa científica de astronomia. Esses projetos podem ser observação do céu com telescópios, mostrar o céu na cúpula do planetário, cursos de astronomia e várias outros.

Uma das coisas mais gratificantes é mostrar algo bonito no telescópio e ver o brilho nos olhos de quem observa o céu pela primeira vez. Normalmente, ouvimos exclamações como “Uau! É lindo!”.

UR: Sobre viagens interestelares, o que pensa sobre elas? Quão próximos estamos delas?

LG: Estamos ainda muito longe de viajar para as proximidades de outras estrelas e aterrissar em planetas fora do Sistema Solar. O grande impeditivo é a distância. Mesmo que viajássemos muito próximos da velocidade da luz, ainda assim, a viagem interestelar mais curta demoraria cerca de quatro anos, sem contar a volta que levaria outros quatro. Qualquer outra viagem seria mais longa que isso, podendo levar centenas ou até milhares de anos.

Muita gente tem a ideia errada de que o problema de viajarmos na velocidade da luz é uma questão de tecnologia, mas não é. É uma questão da natureza: ela não deixa nada com massa viajar em qualquer velocidade igual ou maior que a velocidade da luz. Não importa quão poderosos serão os motores que construiremos no futuro, a matemática mostra que não conseguiremos viajar à velocidade da luz. E, mesmo se conseguíssemos, você gostaria de fazer uma viagem espacial de dezenas ou centenas de anos? Eu, não.

Mas isso não significa alguma limitação em nosso poder de compreender o Universo, porque não precisamos ir até um local para conhecê-lo se podemos observá-lo. Apenas observando podemos conhecer composição química, massa, temperatura e várias outras propriedades. Podemos saber com precisão se um determinado planeta pode abrigar vida apenas através da observação. E isso demora menos que centenas ou milhares de anos.

UR: Você recebeu uma homenagem em 2009, quando o asteroide 6791 P-L foi intitulado 19875 Guedes. Como foi esse processo de escolha? Como descobriu que receberia essa homenagem?

LG: Esse ano de 2009 foi declarado Ano Internacional da Astronomia pela ONU, e aconteceu a primeira reunião da União Astronômica Internacional depois que foi alterada a classificação de Plutão de planeta para planeta anão. Cerca de um mês depois do fim da reunião, recebi pelo correio um documento falando sobre o 19875 Guedes. Eu não descobri que receberia a homenagem, só fiquei sabendo que a recebi quando chegou o documento.

aspas1UR: Aposto que foi uma sensação muito agradável quando você observou o astro pela primeira vez após a homenagem.

LG: Sim, essa homenagem é bastante bonita e fiquei muito feliz com ela. Mas não é algo exatamente raro, muitas pessoas da ciência e até de outras áreas tiveram seus nomes no espaço. Eu costumo acompanhar a órbita dele pelo site da NASA/JPL, mas só apontei o telescópio uma vez até hoje quando estava num céu excelente e sua posição era favorável. As observações do pessoal que trabalha com asteroides me garantem que ele continua lá em sua órbita.

UR: Você voltou recentemente da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, onde desenvolveu parte de sua tese de doutorado. Por que escolheu essa instituição? O que pode nos contar sobre a estrutura?

LG: Eu mantinha contato com um filósofo da Ciência que admiro muito, Dr. Asjna Chakravartty. Quando meu orientador de doutorado, Dr. Carlo Koehler, incentivou-me a me candidatar para uma bolsa do governo brasileiro e fazer parte do doutorado fora do país, perguntei ao Dr. Chakravartty se ele poderia ser meu orientador estrangeiro. Ele, muito solicitamente aceitou, mas estava saindo da Universidade de Toronto, no Canadá, e indo para a Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos. Foi assim que acabei me candidatando para essa Universidade e foi um feliz acontecimento porque o grupo de História e Filosofia da Universidade de Notre Dame é maravilhoso. A interação entre os professores e o pessoal da pós graduação gera um ambiente extremamente empolgante e instigante. Você não quer que as palestras ou que as aulas acabem. As conversas e discussões na biblioteca ao fim do dia só acabam quando o sono vence, porque os assuntos não se esgotam.

Qualquer pessoa que tenha a curiosidade cientifica como é bom esse tipo de ambiente, onde há troca de informações, estudos em conjunto, grupos de discussão, e você pode manter seu interesse aceso. Me senti absolutamente em casa. Foi um período de trabalho maravilhoso. Em termos de estrutura, a Universidade oferece todo o necessário para o trabalho acadêmico. Todas as salas de aula e auditórios possuem equipamentos multimídia, o que permite a professores e palestrantes utilizarem quaisquer recursos para interagirem com a plateia. A biblioteca principal funciona 24 horas por dia e se você quiser algum livro que não tenha ali, eles o buscam em outras bibliotecas. Ela oferece acesso a todas as bases de dados de artigos de História e Filosofia da Ciência, e acredito que não seja diferente em outras áreas. Sem falar em toda a cultura da Universidade de se manter o campus bonito, salas e prédios organizados. Mas talvez a principal característica da estrutura universitária de Notre Dame seja a extrema cordialidade entre as pessoas.

aspas2UR: Sua tese de doutorado (A Relevância de Hipóteses Ad-Hoc na Construção de Teorias Científicas) aborda pontos como éter luminífero, matéria escura e energia escura. Poderia nos explicar um pouco sobre o conceito desse trabalho?

LG: Depois de publicar essa tese prometo que vou fazer uma versão com um título mais digerível. Hipóteses Ad-Hoc são hipóteses criadas especificamente para resolver um determinado problema. Cientistas não gostam dessas hipóteses porque, normalmente, não podem ser testadas fora das teorias para as quais foram criadas. Por exemplo, uma hipótese ad-hoc clássica foi a existência de um planeta mais distante que Urano. As observações astronômicas mostravam que Urano estava em uma posição diferente daquela calculada pelas equações da gravitação, ou seja, havia uma diferença entre a posição calculada de Urano e a posição em que ele estava realmente no céu. Para resolver esse problema, foi criada a hipótese da existência de um planeta após Urano que estaria perturbando sua órbita. Essa foi uma hipótese criada exclusivamente para resolver o problema da órbita de Urano, e foi uma hipótese ad-hoc de sucesso, pois, de fato, encontraram Netuno. Só que ainda havia alguma perturbação e, naturalmente, pensaram em mais um planeta, que foi batizado de Planeta X durante as buscas. O Planeta X nunca foi encontrado e muitos anos depois se verificou que ele não era necessário. Apesar de ter sido uma hipótese ad-hoc falha, o Planeta X nos levou à descoberta de Plutão.

O éter luminífero segue um caminho lógico semelhante. A luz, sendo uma onda, deve se propagar perturbando algum meio, assim como qualquer outra onda: a onda do mar é uma perturbação no mar, a onda em uma corda é uma perturbação se propagando ao longo da corda. A luz das estrelas que chega até nós deve se propagar em um meio que foi chamado éter luminífero. Essa hipótese caiu com a ideia de campo eletromagnético, e o éter luminífero nunca foi detectado.

Eu argumento na minha tese que hipóteses ad-hoc não são ruins. Argumento também que matéria escura e energia escura são hipóteses ad-hoc modernas, e extremamente fundamentais em nossa compreensão do Universo. Em vez de evitarmos esse tipo de hipóteses, devemos identificá-las e buscarmos um teste. Elaborei um sistema de identificação e classificação de hipóteses ad-hoc, e uso exemplos históricos, comparando-os com outros modernos. Espero que seja uma leitura interessante para os interessados em História e Filosofia da Ciência.

UR: Aliás, estima-se que o Universo visível não passe de 4%. Energia escura e matéria escura representam os outros 96%. Até que ponto encontrar a evidência de matéria escura e sua composição ajudaria na compreensão de aspectos como formação e futuro do Universo?

LG: Existem, a rigor, dois tipos de matéria escura: a bariônica e a não bariônica. A matéria escura bariônica é comum, formada por prótons e nêutrons, e inclui planetas extrassolares, anãs marrons, anãs brancas que perderam seu brilho, ou qualquer matéria normal que não conseguimos enxergar com os telescópios porque não emitem luz suficiente. A matéria escura não bariônica não é formada por prótons e nêutrons, é uma matéria que não interage com a matéria comum a não ser através da gravidade. Compreender exatamente a proporção entre esses dois tipos de matéria escura e a natureza dessa estranha matéria não bariônica, nos forneceria um entendimento muito maior sobre o início, o momento atual do Universo e sobre seu futuro. Seja lá o que for a matéria escura não bariônica, seu aparecimento está envolvido com o aparecimento de todo o resto do Universo. E um dos problemas de conhecermos o futuro do Universo está exatamente em medirmos sua massa. O que acontecerá com o Universo depende de sua massa e de como ela afetará a expansão acelerada que acontece agora.

aspas3UR: É possível afirmar quão próximo a ciência está de resolver essa questão? A comunidade científica possui alguma estimativa?

LG: A Astronomia moderna está em um estágio de ter muitos dados disponíveis para serem trabalhados. Não faltam dados. E a tendência é aumentar ainda mais, com o lançamento de novos telescópios espaciais e o melhoramento das técnicas de observação em terra. As questões da cosmologia moderna não estão muito na especulação sobre dados não obtidos, mas na interpretação dos dados disponíveis. Isso implica submeter teorias às críticas e análises de outros cientistas e um consenso, ou uma aceitação pela maior parte da comunidade científica determinará o que é aceito cientificamente.

Existem várias hipóteses para a matéria escura e explicações alternativas para a expansão acelerada, mas nenhuma dessas ainda chegou ao ponto de ser um consenso. Muitos astrônomos, por exemplo, questionam alguns dos métodos de determinação de distâncias intergalácticas. Mas, sem um consenso na comunidade científica, essas ideias são hipóteses à espera de corroboração ou refutação.

UR: Em setembro passado, a NASA confirmou a saída do meio interplanetário pela sonda Voyager. Trata-se da maior oportunidade que o homem terá para estudar o meio interestelar, não é mesmo?

LG: A Voyager I é o objeto fabricado pelo homem que chegou mais longe até hoje, e entrou oficialmente no espaço interestelar em agosto de 2012. A Voyager II ainda está na heliosfera, mas também deslocando-se a caminho do espaço interestelar. Elas tinham como objetivo principal estudar planetas do Sistema Solar e a exploração interestelar está sendo uma extensão de suas missões principais, e está sendo chamada de Voyager Interestellar Mission (Missão Interestelar Voyager). Eu diria que elas representam a maior oportunidade de coletarmos dados diretamente do meio interestelar, in loco. Esses dados podem ser comparados com os dados obtidos por telescópio e utilizados para verificar como nossas observações e previsões estão se saindo. Os dados são enviados através de sinais eletromagnéticos, ou seja, ondas de luz numa frequência muito específica, captada por equipamentos receptores preparados para identificar exatamente aquela frequência específica. Os dados das Voyagers são recebidos por uma rede de antenas na Terra chamada Deep Space Network (Rede de Espaço Profundo).

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UR: Como você classifica o atual momento da astronomia no Brasil?

LG: Eu o classifico como muito bom. Existe incentivo do governo à pesquisa. A carreira científica, de modo geral, está deixando de ser algo exótico. O governo está estimulando muito quem quer ter uma experiência fora do país e retornar, como foi o meu caso. Os projetos de popularização da ciência também ganharam especial atenção nos últimos anos, e a figura do cientista que só faz pesquisa ou só faz comunicação científica está acabando.

UR: O que você pensa sobre a teoria da velocidade da luz variável (VSL) como alternativa à inflação cósmica?

LG: As ideias na física teórica sofrem oscilações, algumas épocas são bastante valorizadas, outras caem em desuso. Mas, mesmo sem fazer parte do modelo padrão, teorias alternativas podem sempre ser usadas em determinados modelos, por isso são sempre importantes. A VSL já foi bastante trabalhada, inclusive por Einstein que a abandonou anos mais tarde.

Modernamente, como alternativa à inflação, existem alguns tipos de VSL, como a que propõe a que propõe que a luz era mais rápida no início do Universo, e a que propõe a variação não apenas da velocidade da luz, mas de todas as outras constantes em função do espaço-tempo. São modelos de Universo que não são consenso na comunidade científica e ainda há muito debate e comparação com dados para que algum desses possa ser tido como modelo padrão. Eu acho estranha a ideia de que apenas a velocidade da luz possa ser dependente do espaço-tempo e, ainda que não se veja com clareza uma conexão direta entre essas constantes, me parece mais natural que exista uma interdependência em seus valores. Mas entre a VSL e a inflação, no momento, eu fico com a inflação.

UR: Em outubro de 2018 será lançado o James Webb Space Telescope, sucessor do Hubble e do Spitzer. O que representará à observação do Universo profundo?

LG: Esse telescópio é a promessa de uma enxurrada de dados e imagens, como aconteceu com o Hubble quando foi colocado em órbita. Apesar dele também observar no visível, como o Hubble, seu principal objetivo é fazer observações no infravermelho, como o Spitzer. A abertura por onde o JWST coletará luz possui 6,5 metros de diâmetro, enquanto o Hubble possuía 2,4 metros e o Spitzer 0,85 metros.  Ele será colocado em órbita num ponto especial em que manterá sua posição em relação ao Sol e a Terra. Esse é um ponto bastante conveniente para telescópios espaciais e outros já foram colocados lá como o Planck e o Herschel.

O Hubble e outros telescópios espaciais ampliaram muito nossa capacidade de observação e, consequentemente, nossa compreensão sobre o Universo. Parece-me que além das magníficas imagens que poderemos obter com esse telescópio, ele representará principalmente uma oportunidade de confrontarmos teorias e modelos cosmológicos. Não estamos em um ponto de apontar um telescópio sem saber exatamente o que encontraremos, portanto, em escala cosmológica não se espera exatamente surpresas, mas uma melhor definição do que já observamos. Isso poderá fornecer dados melhores que podem comprovar ou refutar modelos. Poderemos observar com mais detalhes regiões de formação estelar, candidatos a buracos negros, aglomerados de galáxia e vários outros objetos que irão ser estudados melhor que nunca.

 

Rafael Ligeiro

Rafael Ligeiro

Jornalista e publicitário, atua em Comunicação desde 2002. Com mais de 400 artigos sobre diversos segmentos publicados no Brasil e no Exterior, escreve sobre astronomia para os sites AstroPt e Universo Racionalista, além da revista da Associação Brasileira dos Planetarios (ABP), a Planetaria. Fascinado por ciência desde a infância, é fã de documentários como O Universo e Cosmos.