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Cinco questões para os extraterrestres

Por Bruce Dorminey
Publicado na Forbes

Supondo que existam civilizações inteligentes de extraterrestres, dada a idade do cosmos, há uma chance de que eles estejam milhões, ou até mesmo bilhões de anos à nossa frente em quase todos os sentidos. Assumindo que ainda somos capazes de iniciar um diálogo cósmico com eles, o que a humanidade deveria primeiro perguntar a uma civilização tão avançada?

Aqui estão cinco exemplos de perguntas:

1. Quem mais está lá fora?

Em outras palavras, eles estão trocando bate-papos intergaláticos ou estão tão solitários como nós?

Depois de quebrar a barreira do idioma da espécie interestelar, descobrir quem são seus amigos e inimigos pode ser uma questão prioritária e não apenas social. Eles podem estar dispostos a nos manter informados sobre as civilizações espaciais que devemos evitar.

2. É o universo em si artificial?

Se o universo é totalmente “natural” e não um resultado de uma simulação cósmica avançada, então o que eles podem nos dizer sobre as flutuações quânticas e a cosmologia do big bang?

É o que chamamos de universo observável o resultado de uma flutuação quântica aleatória que iniciou a expansão universal do espaço-tempo, como nós a entendemos; ou foi o big bang o resultado da colisão de duas branas cósmicas? E, em caso afirmativo, qual é a probabilidade de que tal cataclismo aconteça de novo?

E, certamente, teriam detectado a matéria escura e descoberto a verdadeira natureza da energia escura, a menos que os físicos teóricos da Terra tenham perseguido coelhinhos em buracos cosmológicos de coelho. Esperançosamente, eles também seriam capazes de nos fornecer pistas sobre a verdadeira natureza da gravidade. Ou essas coisas seriam tão intrigantes para eles como é para nós?

3. Há civilizações avançadas que enfatizam o conhecimento e a inteligência em relação à tecnologia?

Ou os dois estão inseparavelmente ligados? É inevitável que uma espécie inteligente avance na medida em que suas ferramentas se tornem servos robóticos, também se torna um fato consumado de que a espécie irá se fundir com robôs totalmente sencientes? Ou seja, para alcançar a longevidade extrema e a hiper-inteligência. Ou esse é um destino que devemos evitar?

4. Eles acreditam em uma entidade sobrenatural (ou entidades)?

Em outras palavras, eles praticam algum tipo de espiritualidade ou religião? Em caso afirmativo, quais são suas crenças e é a espiritualidade e/ou religião universal na galáxia? Ou é a teologia única para o planeta Terra?

A ficção científica está repleta de civilizações galáticas que praticam todos os tipos de religiões; seria fascinante poder compará-las na vida real.

5. O universo tem um propósito?

Ou é simplesmente uma concha que abriga a realidade como a percebemos? Há uma conexão entre a consciência e a nossa percepção na interpretação do cosmos? Como é que a passagem do tempo – como nós a entendemos – diz respeito a um propósito cósmico? E se eles ainda não descobriram isso, será que outras civilizações que eles já estiveram em contato poderiam compreender isso melhor do que eles?

Finalmente, quais são os outros enigmas sobre o cosmos? Ou eles já nos abateram e nós estamos errados? Pode até ser interessante pergunta-lhes o que eles acham que é mais importante. É a filosofia e o significado de tudo isso importante para eles como tem sido para a nossa própria jovem civilização?

Esse tipo de questionamento em nível interestelar pode deixá-los espantados em relação ao motivo de querermos saber sobre essas coisas. Mas, para a nossa civilização, a introspecção e a curiosidade é, sem dúvida, a raiz de toda ciência e tecnologia.

Por outro lado, se eles forem um tipo de gafanhoto igual aos vilões do filme “Independence Day”, então estaremos demasiadamente ocupados correndo.

Douglas Rodrigues Aguiar de Oliveira

Douglas Rodrigues Aguiar de Oliveira

Divulgador Científico há mais de 10 anos. Fundador do Universo Racionalista. Consultor em Segurança da Informação e Penetration Tester. Pós-Graduado em Computação Forense, Cybersecurity, Ethical Hacking e Full Stack Java Developer. Endereço do LinkedIn e do meu site pessoal.