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A Ciência de Star Trek

Por Yara Laiz Souza
Artigo adaptado da NASA

Star Trek completa 50 anos com o seu filme mais recente nos cinemas – Beyond. A série é um show de ciência e pode até mesmo ser considerada visionária por nos mostrar tanto uma alternativa de comportamento humano e tecnologia para um futuro ainda bem distante. Neste texto, vamos listar nove curiosidades da ciência e da tecnologia da série e ver se já há alguma coisa que serviu de inspiração para construções reais.

Comunicadores

Os comunicadores utilizados na série muito se assemelham com os celulares que temos hoje. Porém, não faziam transmissão de imagens como os de hoje, apenas de voz.

Computador de bordo

Os computadores da série tinham um comportamento semelhante aos nossos computadores: pesquisava bancos de dados, mineravam tais dados. A série também previu um pouco da exploração espacial de hoje com computadores especiais ajudando na exploração de planetas como Marte e indo cada vez mais para dentro do espaço profundo.

Um detalhe interessante é a falta de previsão da internet: os computadores de Star Trek estavam focadas em grandes maquinas que trabalhavam de forma independentes e não interligadas por uma rede para troca de dados.

Gerador de matéria e antimatéria

Nas naves da série, anti-hidrogênios congelados são tratados com campos magnéticos para gerar energia. Esta é considerada uma das características científicas mais marcantes de Star Trek. Atualmente, antimatéria em pequenas quantidades microscópicas são produzidas e estudadas para promover a avanço dos conhecimentos da Física. Porém, a geração de energia para naves de Star Trek só é possível na imaginação.

Motores de impulso

Os motores de impulso das naves são baseadas nas reações de fusões. Apesar de não ser algo possível ainda (os foguetes atuais são químicos), é uma tecnologia bastante possível num futuro próximo.

Alguns episódios mencionam unidades íons. Atualmente, russos, americanos europeus e japoneses já usaram motores com transmissões de íons chamados de propulsores Hall. São mais eficientes do que os foguetes químicos e são capazes de impulsionar sondas para asteroides.

Androides

Há bastante tempo, o tenente-comandante Data é uma controvérsia no mundo da Ciência da Computação sobre se ele pode ou não ser feito. Alguns cientistas gostam de pensar em fazer um supercomputador que possa ser colocado no corpo de um humano e que comece a conviver socialmente com humanos normais e suas limitações.

Atualmente, existem muitos robôs de brinquedos e carros e aviões com controle remoto. O cérebro humano trabalha com uma codificação intrigante, um verdadeiro desafio para a computação.

Seres extraterrestres

A sonda Kepler da NASA já descobriu cerca de 3.300 planetas e pelo menos 2.500 candidatos ainda estão à espera de confirmação. Na série, é bastante perceptível que a vida tem muitos locais de origem em potencial. As procuras por vida extraterrestre se arrastam por mais de 50 anos, mas até agora não houveram respostas satisfatórias.

Entendendo um pouco mais de bioquímica, os cientistas juntam esforços para analisar o comportamento do nosso tipo de vida (baseado em carbono) em outras luas e planetas.

Sensores

Os sensores de Star Trek são bastante diferente dos nossos e se mostram como dispositivos que detectam sinais muito superiores.

Atualmente, sensores na Terra detectaram as ondas gravitacionais previstas por Einstein há 100 anos. As ondas detectadas são proveniente do choque de dois buracos negros que formaram um buraco negro ainda maior e mais massivo.

Escudos defletores e gravidade artificial

Os escudos da nave Enterprise não são coisas ainda possíveis nos dias de hoje. Para desviar de objetos eletricamente carregados podemos usar capôs eletromagnéticos. Também há a possibilidade de fazer grandes ímãs com grande atração e com circuitos eletrônicos que regulem a força desses ímãs.

Também ainda não há uma gravidade artificial tão eficiente quanto o da série que possa proporcionar o ambiente normal do peso a mesma experiência da tripulação da Enterprise. Nem temos como criar uma gravidade artificial. Talvez, girando grávitons, mas ainda não há nenhuma maneira para isso ser feito.

Dispositivos de camuflagem

Muitos dispositivos de camuflagem têm sido desenvolvidos, mas consistem em camadas muito pesadas de metamateriais que escondem pequenos objetos em um gama bem limitada de cores. Há uma nova variedade de metamateriais, que são matrizes de dispositivos eletrônicos pequenos que combinam para produzir propriedades ópticas, mas mesmo assim não fornece total invisibilidade.

Sergio Sancevero

Sergio Sancevero

Graduado em Geofísica pela Universidade de São Paulo (1999), mestrado em Ciências e Engenharia do Petróleo pela Universidade de Campinas (2003) e doutorado em Geociências pela Universidade de Campinas (2007). Atuou na empresa ROXAR entre os anos de 2007 e 2011 como consultor especializado na área de modelagem de reservatórios, participando ativamente das atividades da empresa em toda América do Sul. Atualmente trabalha na Landmark como especialista em Geologia voltado exclusivamente para buscar soluções que respondam às atuais demandas do mercado brasileiro. Tem experiência na área de Geociências com ênfase em Geofísica Aplicada.